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sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Arte naïf e outras artes na educação infantil


Eis o resumo do trabalho premiado.

A arte naïf é uma criação, em sua maioria, de pessoas do povo que não tiveram oportunidade de estudar, nem mesmo de se aperfeiçoar em escolas de arte. Artistas de origem humilde cuja trajetória de vida se confunde com a de muitas famílias da comunidade. Além disso, a estética das obras, cujos traços são primitivos e ingênuos, aproximam-se – ainda que só aparentemente – dos traços infantis.

Pretendemos com este trabalho gerar oportunidades para que a comunidade escolar pudesse se ver como produtora e apreciadora de cultura, conhecer algumas manifestações culturais do povo brasileiro, interagindo com elas e valorizando a diversidade cultural, e proporcionar condições para que as professoras, os alunos e a comunidade estabelecessem relações entre a cultura e a cultura popular.

Fizemos uma extensa pesquisa sobre a vida e a obra de:
Lia Mittarakis,
Aparecida Azedo,
José Antonio da Silva,
Heitor dos Prazeres,
Mestre Vitalino,
Geraldo Teles de Oliveira – o GTO –,
Noemisa Batista,
Adalton Lopes e
Gabriel Joaquim dos Santos e sua Casa da Flor.

A relação de crianças tão pequenas com a arte naïf e as outras artes populares revelou laços de conhecimento e identificação. Verificamos este fato nas conexões que estabeleciam com a experiência cotidiana por meio dos comentários que faziam e da maneira como realizavam as brincadeiras e as atividades (discussão sobre as obras, conhecimento estético, conhecimentos em arte, história de vida dos artistas, arquitetura naïf, escultura, representação simbólica, arte como linguagem para conhecer etc). Pudemos perceber a preocupação delas com as formas, as cores, a distribuição dos elementos no papel, enfim, o cuidado com os detalhes na recriação das telas e criação de outras. (Na imagem acima, trabalho de uma criança a partir da tela Repouso, de José Antonio da Silva).

E mais, elas foram multiplicadoras desta articulação – educação, cultura, arte e família – levando para o contexto de suas casas a oportunidade de conhecer alguns artistas naïf e pelo menos parte de suas obras. Considerando os aspectos sócio-econômicos das famílias dos nossos alunos, na sua grande maioria, acreditamos que seria relativamente pequena a possibilidade de conhecê-los em museus, galerias, livros de arte etc.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o blog e o trabalho de vcs! Adorei a idéia de trabalhar com arte naïf na educação infantil. Obrigada!

Anônimo disse...

Nós é que agradecemos o seu incentivo, Daniela!