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sábado, 1 de outubro de 2005

"Os pais querem assim..."


Já ouvi, muitas vezes, professoras e coordenadoras assim justificarem o modo como trabalham: "a comunidade quer assim, os pais querem assim". Com isso, elas não fazem reformulações significativas na escola, na metodologia, no conteúdo, na função da escola...
Suspeito, apenas suspeito, que tal afirmativa serve para que alguns professores camuflem sua real concepção de conhecimento, de ensino, enfim, de escola.
Penso que a participação dos pais (democratização da escola) deve ter outro viés; instâncias de atuação devem ser criadas, com definições de papéis e de abrangância de ações (ação cidadã). Penso que esse processo de trabalho é algo difícil de ser encaminhado, mas não impossível. Existem várias experiências por aí...
Mas são inúmeros os entraves às ações de enfrentamento dessa situação, não?

Falando um pouco sobre o nosso caminho...
Um dos modos de enfrentamento dessa situação na escola onde trabalho foi por meio das reuniões de pais. Nessas reuniões mostrávamos o trabalho realizado com a criança, explicando como fizemos e a teoria que estava sustentando essa prática nossa. Foi um grande desafio falar desses conhecimentos teóricos para os pais. Durante alguns anos fizemos assim. E realizávamos com eles uma atividade desenvolvida com a criança, geralmente a mais complexa e mais surpreendente quando eles olhassem os trabalhos das crianças em casa, depois da reunião. Tivemos diversos momentos muito interessantes sobre esse assunto, envolvendo professoras, pais e as crianças! (Acho que daria um belo estudo!)
Depois de alguns anos começamos a perceber uma queda na freqüência deles nessas reuniões. Mesmo sem realizarmos uma pesquisa para verificarmos se havia uma relação com o que eles já sabiam do nosso trabalho introduzimos novas modificações. Passamos a filmar o trabalho e mostrar nas reuniões e publicamos um jornal escrito pelas professoras (todas as famílias recebem um exemplar).
E tem ainda as oficinas de cultura popular: famílias e alunos escolhendo e participando de oficinas relativas ao projeto que desenvolvemos com as crianças, exposição de reproduções das obras dos artistas e de material sobre a vida deles, exposição dos trabalhos das crianças.
Dá muito trabalho... Mas temos crescido muito como profissionais. Passamos a nos sentir confiantes para escrever sobre nosso trabalho

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