Renata dos Santos Melro
Crianças de três, quatro e cinco anos juntas?
É, essa pergunta passou pela cabeça de muita gente, preocupando pais e professoras. Como crianças de idades diferentes poderiam conviver, fazer atividades, enfim, aprender e crescer na mesma sala de aula? Será que as maiores não vão regredir e as menores ficar perdidas?
Já nos primeiros dias começamos a notar a diferença. Menos crianças pequenas chorando e as maiores acolhiam e cuidavam das menores.
No parque, os pequenos de três anos passaram a ser os filhos cobiçadíssimos pelos pais de quatro e cinco anos. Era colo, papá, castigo... Aos poucos também se tornavam pais, tios e constantemente passaram a trocar de papéis.
Na sala de aula, as atividades ocorriam e vêm ocorrendo de forma bastante natural, já que nós professoras estamos cientes de que as respostas dos alunos são diferentes, levando-se em consideração suas vivências e, portanto, o desenvolvimento de cada um. Regressão de crianças maiores? Muito pelo contrário! Ao ajudarem os menores, elas passam a rever conceitos e idéias e as transmitem para os menores de maneira pensada e bem mais elaborada.
E quem diria que, além de as crianças de cinco anos, os pequenos também iriam ensinar? Isso também tem acontecido muito nas salas de aula.
É claro que problemas e dúvidas irão continuar ocorrendo e é por esta razão que professoras e equipe técnico-pedagógica estão constantemente registrando acontecimentos e impressões do grupo com o qual estão trabalhando. Além disso, nas nossas reuniões de estudo e planejamento, trocamos idéias, experiências, opiniões e principalmente estudamos sobre esse momento tão novo para nós.
Parabéns para nós que apostamos nessa experiência!
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