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segunda-feira, 29 de março de 2010

Projeto de Cultura Popular

Continuação (do post anterior) da Agenda de Trabalho...

O homem cria cultura ao mesmo tempo em que por ela ele é constituído sujeito. Nessa cultura estão os modos e as estruturas de sua elaboração, reprodução e transformação. A escola, seguramente uma dessas estruturas, encarna (posto que são sujeitos encarnados que a fazem) uma relação complexa e dialética – de reprodução e transformação – com a cultura humana. A instituição educativa para a criança de até seis anos de idade não escapa de tais relações. Da cultura humana originam-se seus objetos de trabalho: a criança e a própria cultura humana em sua rica e diversa expressão simbólica e materialidade.

No propósito de estruturar nossa organização curricular adotamos dois elementos constituintes da cultura humana, em sua acepção ampla: cultura – num sentido menos amplo – e ciência, sob a roupagem de dois grandes projetos de trabalho: Projeto de Cultura Popular e Começando a Pensar Com Ciência.

Para isso, a natureza da articulação entre cultura e escola, pensamos, diz respeito às ações da escola para desencadear nas pessoas – professoras, outros funcionários, crianças e comunidade – um processo de identificação histórica com o repertório humano nas dimensões acionárias das atitudes, dos comportamentos, dos valores, das idéias, dos conhecimentos, das diversas linguagens etc. Subjacente a essa articulação está o trabalho com a arte.

A possibilidade de fazer as crianças e suas famílias conhecerem diversos bens culturais produzidos por pessoas com origens e histórias de vida semelhantes às deles, permitir-nos-ia atuar numa dimensão formativa-subjetiva, na medida em que “cultura é organização, disciplina do próprio eu interior, é tomada de posse da própria personalidade, é conquista de consciência superior, pela qual se consegue compreender seu próprio valor histórico, a função na vida, os próprios direitos e deveres” (Gramsci apud Nosella, 2004).

Pensamos, portanto, a arte como uma linguagem para conhecer, compreender e comunicar as coisas do mundo. Criação e conhecimento se entrelaçam na mesma raiz ativa.

Aliada a essas questões há, ainda, o movimento em torno da difusão da idéia que o que o povo faz não é cultura, tampouco obra de arte; a elite dominante, sim, produz cultura e obras artísticas. Este pensamento difuso, veiculado até subliminarmente, é outro importante eixo a ser enfrentado no trabalho escolar de articular cultura, arte e educação.

Assim, para essa ação pedagógica, o chamamento de Ana Mae Barbosa é contundente e inspirador: “precisamos levar a arte que hoje está circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se patrimônio da maioria e elevando o nível de qualidade de vida da população” (1991, p. 6). E, proporcionar meios para que as crianças vivam intensamente a linguagem artística e estética numa produção repleta de conhecimentos cultivada pelos educadores e com espaço para a manifestação criadora dos alunos, inscreve-se no que Georges Snyders (1996) chamou de alegria na escola: o cultivo do conhecimento, da cultura e de suas obras.

domingo, 28 de março de 2010

Introdução a uma agenda de trabalho

Preparei o que seria uma agenda de trabalho para a escola este ano. Postarei aqui os textos deste documento de trabalho para dialogar com os visitantes a respeito das problematizações e das ideias propostas para a educação infantil que fazemos.

Aqui vai a introdução do documento e do trabalho...

Professora,
Esta é a sua Agenda de Trabalho 2010 do Rosalina. Nela você encontrará o calendário anual com todas os eventos pedagógicos e educativos da nossa escola, como por exemplo, os dias dos nossos grupos de estudo com monitoria e de outras atividades de formação continuada, as datas reservadas para você preparar o relatório das crianças nos dois semestres.

Há também as páginas reservadas ao registro próprio dos planejamentos de todas as semanas deste ano letivo.

Em nossa prática pedagógica já temos diversos procedimentos de trabalho bem definidos e estruturados que acabam por constituir a identidade político-pedagógica da escola e, por sua vez, a nossa identidade docente. Organizamos, então, vários desses procedimentos na seção Lembretes. Em outra seção, a No próximo mês..., você encontrará menção a alguns eventos que, por vezes, se relacionam com atividades mobilizadoras que precisam ocorrer ainda no mês em curso.

Esta agenda além de facilitar e organizar o planejamento do seu trabalho passa a ser mais um modo de documentar o trabalho (Gandini e Goldhaber, 2002). Os trabalhos das crianças, as fotografias e gravações de vídeo, os diários de campo, os cadernos do Bornal de Leitura e do Amigo da Turma, o álbum da turma são elementos de documentação do trabalho pedagógico e educativo que realizamos. Tais documentos têm importante papel na avaliação que fazemos dos processos vividos pelas crianças e, sobretudo, na reflexão sobre e com o nosso trabalho e na aprendizagem de um saber-fazer educação infatil que é permanente, bem ao gosto de Paulo Freire.

Assim, neste documento você encontrará, ainda, pequenos resumos de projetos de trabalho e práticas pedagógicas que nos identificam como instituição de educação infantil paras as classes populares e comprometida com um saber-fazer coletivo porque, bem nos lembra Paulo Freire (1998, p. 9),
Saber a favor do quê é, portanto, saber contra o quê; saber em prol de quem e saber contra quem. Essas são as perguntas que devemos nos fazer como educadores. Devemos também saber que é sempre a educação que nos leva à confirmação de outro fato óbvio que é a natureza política da educação.”
Bom e feliz ano de trabalho!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pesquisa na escola

É possível desenhar o alcance alternativo da pesquisa, que a tome como base não somente das lides científicas, mas também do processo de formação educativa, o que permitiria introduzir a pesquisa já na escola básica, a partir do pré-escolar e considerar atividade humana processual pela vida afora” (Demo, 2001, p. 9).

DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

domingo, 15 de novembro de 2009

I Festival de Leitura e Literatura

Está chegando o nosso primeiro festival... Será no dia 12 de dezembro, das 13 às 17 horas. Haverá apresentação de grupos de dança hip-hop e cigana, contação de histórias, exposição de trabalhos das crianças, conversa com uma autora e um ilustrador de livro infantil...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Currículo da Educação Infantil

A instituição educativa e pedagógica para a educação infantil tem um currículo. Mas o que exatamente entendemos como currículo para o trabalho com as crianças dessa faixa etária?

Não sou uma estudiosa de currículo. Penso, porém, que talvez ainda não haja um consenso forte nesse campo. Talvez ainda estejamos, como indicou Maria Lucia Alcantara Machado, lá no início da década de 90, buscando um caminho para saber-fazer se “pré-escola é não é escola”.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Texto-base das novas diretrizes para a educação infantil

Este é o texto de Sonia Kramer e sua equipe, referente ao trabalho com as crianças com mais de três anos de idade, que é a base para a elaboração das novas Diretrizes Curriculares Nacionais Específicas para a Educação Infantil.

domingo, 8 de novembro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Visitantes da história

Quando as crianças estavam no quarto do Presidente Getúlio Vargas um casal saiu de lá falando em tom que não pude deixar de ouvir. (Eu estava na porta, entrando no quarto, para filmar o trabalho das professoras com as crianças.) O homem disse, entre outras coisas, que as crianças não tinham discernimento para estarem ali.
Fiquei com vontade de ir conversar com eles... durante alguns segundos fiquei pensando se deveria ir... por fim, não fui. (Será que teria valido a pena?!)

Por certo as crianças não têm o discernimento que nós, adultos, temos. Nós sabemos! Mas nao é disso que se trata, penso eu. Eles podem ser leigos em relação à prática pedagógica na educação infantil, mas é possível que tenham sido pais ou tios, enfim, são adultos vivendo, construindo e compartilhando uma cultura. Como será que eles acham que as crianças se tornam pessoas dessa e nessa cultura? Será que eles não poderiam considerar que aquelas professoras que ali estavam trabalhando com aquelas crianças sabiam algumas coisas a esse respeito e que eles ignoravam. Eles poderiam ter-nos interpelado, mas optaram simplesmente por fazerem o julgamento: eles não têm discernimento!
Tivemos tantas evidências de que as crianças estavam interagindo com mais essa atividade no Projeto de Cultura! Eles faziam elaborações cognitivas! Destacarei duas.

  • No salão onde a Nair de Teffé tocou ao violão o Corta-Jaca, a monitora perguntou se eles conheciam músicas da Chiquinha Gonzaga. Eles começaram a cantar Ô, abre-alas. Várias pessoas vieram à sala e começaram a fotografar;
  • No quarto do Getúlio, uma criança perguntou e exclamou: "Mas ninguém viu ele fazendo isso?!"

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Rosalina no Catete

Fomos ao Palácio do Catete!
Muito interessante o comportamento das crianças! Curiosos e ansiosos para verem o salão onde a música da Chiquinha Gonzaga foi tocada e o quarto do Presidente Getúlio Vargas, principalmente.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Chiquinha no Rosalina

O Projeto de Cultura Popular deste ano está baseado na vida e na obra da Chiquinha Gonzaga. O episódio do Corta-Jaca no Palácio do Catete - Nair de Teffé, em solenidade oficial, tocou a música ao violão, escandalizando a sociedade - levou-nos a entrar com material para que as crianças conhecessem o Palácio, bem como pintores e escultores que lá têm suas obras.

Abaixo, uma pequena mostra do material que usamos para que as crianças conhecessem esses assuntos.