Leia mais: http://www.dedodeouro.net/2007/12/colocar-o-titulo-do-post-antes-do-nome-do-blog.html#ixzz1YteLcrA5

Páginas

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Arte Naïf: ingênuos e primitivos?


O Brasil é um centro muito importante de criação da Arte Naïf, conhecido internacionalmente. Contudo, entre nós, essa arte é pouco conhecida e valorizada.

Essa produção cultural é elaboroada por pessoas que não freqüentaram uma escola de arte; elas são artistas autodidatas. Elas desenvolvem as próprias técnicas de pintura ao longo de suas carreiras e na medida em que vão se deparando com as questões de representação. Em seus quadros, tais artistas não obedecem a princípios de perspectiva, de proporcionalidade, de correspondência com a forma, a técnicas de desenho da forma (por exemplo, do corpo humano).

Muitos artistas usam a técnica do pontilhismo, que, muitas vezes parece um bordado, um delicado rendado... Lindamente, eles pintam o nosso cotidiano, as nossas festas, a fauna, a flora, as coisas que acontecem com eles e conosco. Eles apreendem as coisas do mundo e do mundo da arte, transformando-as do jeito deles, dando-lhes as características de suas pinturas.

A pintura Naïf, às vezes, também é chamada de primitiva ou ingênua. Primitiva e ingênua do ponto de vista de quem? Se não há uma arte superior à outra, se não há uma manifestação cultural superior à outra...

Vale lembrar que somente cinco pintores no mundo foram capa da revista Time. Entre eles, a brasileira naïf Lia Mittarakis. O quadro que foi capa da revista é de um colecionador americano. Nem o Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil (localizado no Cosme Velho, no Rio de Janeiro) tem o registro desta tela. Depois, uma tela dela (ainda não sei se a mesma da revista) compôs o convite da Conferência Mundial Eco-92 (por decisão da ONU).

Corcovado, de Lia Mittarakis

2 comentários:

Unknown disse...

Há de se compreender que a arte naïf é um estado de espírito antes de ser tinta e pincel. O artista legítimo deve deixar antever uma conduta própria e distanciada da erudição acadêmica. ELes são populares e retratam o popular. Eles conversam sem rodeios e são identicos à pintura que fazem; simples. Só conhecem as escalas primárias de cores e mesmo assim sem os nomes que a academia as batizaram. Sendo assim, o dia que você encontrar com um pintor naïf você saberá na hora.

Unknown disse...

Concordo plenamente com você, dmtrius cotta...